quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Irmãos são suspeitos de crimes na Paraíba e no Rio de Janeiro

Os irmãos moravam na favela da Rocinha e estavam na Paraíba há cerca de nove meses

A vida luxuosa na qual viviam os irmãos Eduardo Santos, 28 anos, e Luciano dos Santos, 22 anos, acusados de tramarem e participarem do falso assalto que terminou com o estupro de várias mulheres e a morte de duas vítimas, na cidade de Queimadas, no Agreste paraibano, no último fim de semana, está sendo investigada em parceria da Polícia Civil da Paraíba e do Rio de Janeiro.
A Gerência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública paraibana está investigando a participação deles em dois homicídios praticados na favela da Rocinha, no Rio. Após o estupro, a professora Isabela Jussara Frazão Monteiro, 27 anos, e a recepcionista Michele Domingos da Silva, 29 anos, foram assassinadas a tiros por reconhecerem os autores.
De acordo com o coordenador regional da Polícia Civil de Campina Grande, delegado Kelsen Vasconcelos, durante os depoimentos pessoas relataram que a dupla teria saído do Rio após a ocorrência dos crimes. “São informações que nós encaminhamos e estão sendo levantadas. Realmente o que chamou muito a atenção foi o padrão de vida que essas pessoas tinham lá em Queimadas, sem trabalharem em nada”, observou o delegado.
Os irmãos moravam na favela da Rocinha e estavam na Paraíba há cerca de nove meses. Filhos de paraibanos, mas naturais do Rio de Janeiro, vieram residir em Queimadas e, desde então, não há quaisquer informações sobre suas atividades financeiras, gerando desconfiança sobre a origem de patrimônio.
Além de casa bem mobiliada, eles possuíam carros e motos de luxo. Todos os veículos apreendidos pela polícia de posse dos acusados tem documentação legal. Foram apreendidos um veículo Hyundai i30, de cor preta e placas NPS-5094, um Fiat Strada, de cor prata e placas NPV 2383, um Fiat Punto, de cor prata e placas NQD 6030, uma moto Honda Bros, de cor vermelha e placa NQK 9469, e uma Honda CB600, de cor branca e placa OFB 2210.
Segundo o delegado regional André Rabelo, os acusados afirmam que a origem de seus recursos é de dinheiro enviado pelos pais. “Eles dizem que o dinheiro vem da família, mas não acreditamos nisso. Estamos pedindo informações junto à polícia do Rio de Janeiro para apurar de onde veio o patrimônio deles e a possibilidade de participação em crimes aqui e lá”, disse.
Já o delegado de Queimadas, Fernando Zoccola, acredita que os presos tenham relação com assaltos naquela região.
“Estamos fazendo esse levantamento sobre crimes, homicídios de autoria indefinida, assaltos e de falsidade ideológica”, informou.
(Com colaboração de João Paulo Medeiros)

JP Online

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