quinta-feira, 6 de setembro de 2012

ENTORPECENTES DADOS ALARMANTES - 123 mil pessoas afirmam ter provado cocaína na Paraíba


Um estudo divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad) revela que 4% da população adulta brasileira (5,6 milhões) e 3% dos adolescentes (442 mil) já experimentaram algum tipo de cocaína na vida, seja ela fumada (crack, merla ou oxi), cheirada ou injetada (refinada). Aplicada à população paraibana, a pesquisa aponta para um número que passa de 10,7 mil adolescentes e 112 mil adultos. Os dados alertam ainda que 45% experimentaram a droga antes dos 18 anos. O Brasil é hoje o principal mercado de crack do mundo e 2º lugar em consumo de todas as formas de cocaína, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Os dados revelam ainda que 4% dos adultos já experimentaram a cocaína em pó (via intranasal) e 1,4% (cerca de 1 milhão) destes a fumaram. Na realidade paraibana, 112 mil teriam cheirado e 39 mil fumado. As cinco regiões apresentam percentuais de consumo da droga diferenciados, variando de 0,7% (Sul) e 2,6% (Centro-Oeste). O Nordeste tem 2,1%. Mas, em números absolutos, o Sudeste concentra 46% do dos usuários (1,4 milhão), seguido do Nordeste, com 27% (0,8 milhão).

A pesquisa foi realizada em 149 municípios do país, totalizando 4.607 entrevistados. Na Paraíba, foram 95 pessoas, escolhidas aleatoriamente, número proporcional ao total de habitantes. Relacionando os números à população brasileira com mais de 14 anos (145,4 milhões), tem-se um percentual de 0,000031%. Fazendo o cálculo com a população paraibana, o percentual é de 0,000033%, mais representativo que o nacional.

Subnotificação - As estatísticas do Inpad revelam ainda que tem diminuído o consumo da cocaína no mundo, mas aumentado no Brasil. Para o presidente da Comissão de Políticas de Segurança e Drogas da OAB/PB, Deusimar Guedes, esse avanço não é uma coincidência, mas reflexo do que, de fato, acontece. “Só que esses números geralmente ficam abaixo da realidade, já que muitas pessoas se constrangem em responder às pesquisas”, observa.

Jornal Correio da Paraíba

Mais PB

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