quarta-feira, 18 de julho de 2012

NOVA CONJUNTURA: fusão pode reaproximar ‘caciques’ políticos Efraim e Zé Maranhão


NOVA CONJUNTURA: fusão pode reaproximar ‘caciques’ políticos Efraim  e Zé Maranhão A articulação que vem sendo deflagrada pelo PMDB nacional para que logo após as eleições municipais alguns partidos possam se fundir em torno daquela legenda produzirá, teoricamente, um fato inusitado na Paraíba, caso venha a se concretizar: a reaproximação entre o ex-senador Efraim Morais, atual presidente do Democratas e secretário de Infraestrutura do governo Ricardo Coutinho, com o ex-governador José Maranhão, candidato peemedebista à prefeitura de João Pessoa. Efraim e Maranhão foram aliados na década de 90, quando JM ascendeu ao governo em duas ocasiões: na primeira, com a morte de Antônio Mariz, na segunda quando derrotou o ex-deputado Gilvan Freire, depois de ter vencido convenções e quedas de braço com o esquema dos Cunha Lima. Na época, o Democratas ainda era denominado de PFL, Partido da Frente Liberal.  

O rompimento entre o ex-PFL e Maranhão caracterizou-se em 2002, quando Efraim Morais decidiu se aliar ao PSDB, acompanhando a orientação política do ex-governador Cássio Cunha Lima. Cássio e Efraim fizeram dobradinha, respectivamente, ao governo e ao Senado, saindo vitoriosos. Cunha Lima derrotou o então candidato do PMDB, Roberto Paulino, que, como vice, assumiu a titularidade do governo devido à desincompatibilização de Maranhão para concorrer ao Senado, saindo vitorioso. Em 2006, Cássio disputou a reeleição com o apoio de Efraim. Em 2010, na campanha entre  Ricardo Coutinho e José Maranhão ao governo, Morais compôs a chapa majoritária tentando renovar seu mandato ao Senado. Mas foi derrotado. As duas vagas em jogo naquele páreo foram conquistadas, respectivamente, pelo tucano Cássio Cunha Lima e pelo peemedebista Vital Filho. Efraim ficou em quarto lugar, abaixo de Wilson Santiago (PMDB), que ainda logrou assumir por quase um ano o mandato titular de senador, enquanto perdurou o impasse jurídico sobre a investidura de Cássio Cunha Lima, então enquadrado na Lei Ficha Limpa.  

Independente do resultado, para todos os efeitos estava cristalizada a ruptura da aliança entre o dirigente do sucedâneo do PFL e o ex-governador José Maranhão. A hipótese de fusão de alguns partidos com o PMDB foi admitida, em Belo Horizonte, pelo presidente nacional da legenda, senador Valdir Raupp (RO), prevendo que as discussões ganharão corpo após o fechamento das urnas das eleições municipais deste ano. Raupp defende um quadro partidário mais compacto no país, criticando a proliferação de siglas. Atualmente 30 agremiações estão registradas no Tribunal Superior Eleitoral. A última a ser referendada chama-se Partido Ecológico Nacional, PEN, que na Paraíba passou a ser coordenado pelo presidente da Assembleia, Ricardo Marcelo.


O jornalista Josias de Souza informa em seu blog na “Folha” que Raupp, por enquanto, não adianta quais os partidos que poderão embarcar no ‘ônibus’ que será montado com a fusão ao PMDB, estimando entre três a quatro agremiações. O presidente nacional em exercício do PMDB revela que há uma saturação com o excesso de legendas no cenário político, o que seria um dos fatores para a alternativa de junção de siglas. O PMDB, atualmente, faz parte da base de sustentação do governo Dilma Rousseff e conta com o vice-presidente da República, Michel Temer. O DEM faz oposição radical ao governo e ao Partido dos Trabalhadores e é aliado preferencial do PSDB em vários Estados. Mas começam a aparecer sinais de desgaste na relação entre o DEM e o PSDB, conforme admitem parlamentares das duas agremiações. Os tucanos são acusados, nos bastidores, pelos demistas, de quererem prioridade na cabeça de chapa para eleições majoritárias, como a de presidente da República. O mesmo cenário se reproduziria nas disputas estaduais aos governos, o que coloca o Democratas num papel subalterno. As conversações, em todo o caso, serão aprofundadas para que se chegue a um denominador comum. Formalmente, expoentes da cúpula do DEM na Paraíba descartam a possibilidade de reaproximação com Maranhão. Mas outros integrantes da legenda advertem que há fatores decisivos a serem levados em conta e que poderão produzir reviravoltas na conjuntura.  



LANA CAPRINA

PB Agora

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